Em período de viagem acadêmica à Síria, o itapecericano e professor de Geografia da USP, Luis Antonio Bittar Venturi, relata em seu perfil do facebook como sentiu os tremores que atingiram a Turquia e a Síria, e discorre sobre as causas para tantas perdas humanas. Desde os primeiros terremotos, nessa segunda-feira (06) mais de seis mil pessoas já perderam a vida em meio aos escombros dos prédios atingidos.
“Acordar no meio da noite com a cama chacoalhando… Deus pai! Pobres turcos. E os sírios, que já estão enfrentando falta de eletricidade, de água, de querosene para aquecimento… e os que sobreviveram estão desabrigados sob frio intenso. Uma tragédia humana. Espero que a comunidade internacional se mobilize de verdade e não apenas se solidarizem com palavras”, relata o professor.
Dias antes dos terremotos, o professor de Geografia da USP publicou uma foto na cidade de Damasco, ao lado ao embaixador André Santos e o prof. Mohamad Bahjat. “Consolidando a cooperação entre a USP e a Universidade de Damasco”, revela Bittar.
Em entrevista ao telejornalismo da Band News, direto da cidade de Beirute, Bittar passou detalhes do momento que sentiu um dos tremores. “Aqui em Beirute foi só um susto perto do que aconteceu lá na fronteira da Síria com a Turquia, as pessoas foram acordadas a noite com tudo tremendo. Mas não passou disso, não aconteceu nada, não caiu nada”.
Em outro trecho da entrevista, o professor de Geografia da USP fez questão de explicar que as pessoas não morrem de terremoto, mas sim por fatores externos como problemas de infraesturtura.
“Se essas pessoas estão sendo vitimadas, não é pelo terremoto, ninguém morre de terremoto. As pessoas morrem por causa das construções que caem em cima delas. Se as construções são mal feitas e não adaptadas para essas condições, então é um problema socioeconômico e não natural”, explica Luis Antonio Bittar Venturi, que publicou em seu face a informação de estar bem e tem retorno ao Brasil previsto para o fim de semana.