A Comunidade Terapêutica Kairos Prime, clínica de reabilitação localizada em Embu-Guaçu onde um interno de 38 anos foi morto no último dia 25 de setembro com sinais de agressão, funcionava sem autorização da Prefeitura.
O Ministério Público declarou à imprensa que já havia feito um pedido de fiscalização para a Vigilância Sanitária de Embu-Guaçu. A solicitação teria ocorrido logo após outro paciente, este de 27 anos, ter sido encontrado morto no local em março deste ano. De acordo com a promotoria, “referido inquérito, porém, foi remetido à delegacia de polícia para o cumprimento das diligências requisitadas pelo MPSP em 11 de agosto, não se tendo notícias, até o momento, de seu cumprimento”.
Após o caso da semana passada, cinco funcionários da Kairos Prime foram presos por homicídio, sequestro, cárcere privado e tortura. A clínica, que tinha cerca de 90 internos, foi interditada por falta de alvará.
De acordo com a Prefeitura de Embu-Guaçu, “o processo de fiscalização é acionado, principalmente, com base em denúncias da comunidade ou a partir de informações do Estado, indicando a necessidade de verificar a conformidade das clínicas com as normas e regulamentos de saúde. No caso da Clínica Projeto Kairos, a falta de sinalização foi um fator relevante que tornou a clínica discreta e operando clandestinamente, escapando da detecção das autoridades”.
No dia 29 de setembro, o prefeito Zé Antonio reuniu técnicos de diferentes áreas, Assistência Social, Saúde, Segurança Administração e COMAD (Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas), para tratar do caso. “Assim que retornei de Brasília, convoquei equipes estratégicas da minha administração que estão na linha de frente desta situação. Estamos unidos para reforçar a fiscalização das clínicas que operam à margem da lei em nossa cidade, com um compromisso firme de proteger vidas e garantir que todas as instituições de saúde operem dentro dos padrões legais e com segurança”, declarou o prefeito, por meio de suas redes sociais.
